Dr. Ricardo Guimarães homenageia professores em artigo e dedica mensagem à Diretora Executiva da UNDIME MG, Suely Duque Rodarte

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O médico oftalmologista Dr. Ricardo Guimarães, diretor do Hospital de Olhos de Belo Horizonte e presidente da Fundação Hospital de Olhos, publicou dia 14 de outubro o artigo “O Professor e o Tempo: O que Nunca Mudou na Arte de Ensinar”, em homenagem ao Dia dos Professores.

No texto, Dr. Ricardo reflete sobre o papel transformador da docência, ressaltando que, mesmo em tempos de inteligência artificial e inovações tecnológicas, o ato de ensinar continua sendo, acima de tudo, um encontro humano de presença, emoção e escuta.

Entre as pessoas a quem dedica a homenagem, o médico menciona a diretora executiva da UNDIME MG, Suely Duque Rodarte:  “Dedico este artigo aos professores na pessoa dos professores Alessandro, Suely Rodarte e minha mãe, Dona Dina”, registra  Dr. Ricardo.

Além de pesquisador e educador, o Dr. Ricardo é Doutor em Oftalmologia pela UFMG, com pós-doutorado na França, Inglaterra e nos Estados Unidos (Georgetown University). É diretor de pesquisas do LAPAN/UFMG, fundador e presidente do Hospital de Olhos de Minas Gerais e da Fundação Hospital de Olhos, e atua há mais de 28 anos em pesquisa, ensino e promoção da saúde visual, com foco em Distúrbios de Aprendizagem Relacionados à Visão (DARV).

Reconhecido por seu trabalho interdisciplinar entre saúde e educação, já formou mais de seis mil profissionais e coordena projetos inovadores de identificação precoce da doença mental pela visão e de promoção da saúde mental em empresas.

Dr. Ricardo Guimarães também estará presente como um dos conferencistas do Seminário Estadual de Educação Inclusiva e Educação Infantil da UNDIME MG, que acontece nos dias 5 e 6 de novembro, em Belo Horizonte.


📖 Leia o artigo na íntegra abaixo:

O Professor e o Tempo: O que Nunca Mudou na Arte de Ensinar

Porque todo mundo tem uma história com um professor. Aquele que marcou, que “puxou nossa orelha”, que acreditou quando ninguém mais acreditava. Que mostrou uma ideia tão nova que parecia mágica.

E nesse mundo que muda tão rápido, onde tudo é digital, onde inteligência artificial já escreve, fala, calcula… ainda faz sentido falar de professores?

Claro, que faz. Na verdade, mais do que nunca.

Hoje, neste artigo muito especial, vamos homenagear quem escolheu viver do verbo ensinar. E acredite: isso não é só passar conteúdo. Nunca foi.

Pensa comigo: há milhares de anos, alguém olhou pro céu, apontou um raio e disse: “Isso é perigoso.” Ou então pegou uma folha e falou: “Essa aqui cura.” Ali começou o ensino. E de lá pra cá, tudo mudou — menos uma coisa: o ato de ensinar.

Porque ensinar não é jogar conhecimento na cabeça de alguém. É fazer nascer um espaço novo dentro da pessoa. Um espaço onde o mundo possa entrar.

Sabe o que a neurociência nos mostra?

Que a gente não aprende só com o cérebro. Aprende com emoção, com o corpo, com a convivência. Aprende porque quer ser compreendido. Porque quer fazer parte.

O professor, de verdade, não ensina com palavras. Ensina com presença. Com o jeito de olhar, de ouvir, de chamar o aluno pelo nome.

Ele não entrega respostas. Entrega perguntas. Aquelas que não têm gabarito. Que fazem a gente pensar. Que incomodam, que provocam, que transformam.

E é isso que diferencia um robô de um professor.

O robô pode até ter todas as informações. Pode responder rápido, pode até parecer humano.

Mas só o professor sabe o momento certo de calar — pra deixar o aluno encontrar sua própria voz.

Na sala de aula de hoje, o professor tem um novo desafio: dividir espaço com a tecnologia. Mas ele não está em extinção, como alguns pensam. Está em reinvenção.

Agora, mais do que nunca, é mentor. É guia. É aquele que ajuda o estudante a lidar com o excesso de informação, com a dúvida, com o medo de errar.

É quem ensina a pensar — e não só repetir.

Mesmo um professor famoso do século 18 já dizia: “A gente só entende o mundo com as ferramentas que tem por dentro.” E ensinar, no fundo, é isso: abrir espaço interno.

Ser professor é aumentar as ferramentas do aluno. Dar a ele estrutura para compreender o mundo.

E pode vir inteligência artificial, pode vir metaverso, holograma, o que for. O que não muda é a beleza do encontro entre duas pessoas: uma que sabe um pouco mais, outra que sabe que ainda tem muito o que aprender. E no meio, a mágica do aprender.

Hoje, a gente celebra esse encontro.

Se você é professor, parabéns. Obrigado.

Se você foi transformado por um professor, que tal mandar uma mensagem, um abraço, um “eu lembro de você”?

E se você está começando nessa carreira, respira fundo. Você não vai mudar o mundo sozinho. Mas vai mudar o mundo de alguém. E isso já é tudo.

Porque ensinar é plantar sementes que talvez você nunca veja florescer. Mas que, com certeza, florescerão.

Feliz Dia dos Professores.

Dedico este artigo aos professores na pessoa dos professores Alessandro, Suely Rodarte e minha mãe, Dona Dina.

Matéria UNDIME MG / Artigo retirado na integra do Linkedin do Dr. Ricardo Guimarães

https://pt.linkedin.com/pulse/o-professor-e-tempo-que-nunca-mudou-na-arte-de-dr-ricardo-guimar%C3%A3es-p4byf

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